Subestimado por muitos, o projeto elétrico residencial é uma importante etapa em qualquer obra e precisa ser desenvolvido com atenção e cuidado.
Com a quantidade crescente de equipamentos eletroeletrônicos, uma residência precisa de um projeto elétrico corretamente dimensionado, garantindo a segurança de uso e evitando uma série de problemas.
Se você ainda tem dúvidas de como desenvolver um projeto elétrico residencial, vou apresentar todos os itens que devem ser analisados e também mostrar um passo a passo completo. Confira a seguir!
Um projeto elétrico residencial é uma representação gráfica que contém todas as informações e detalhes técnicos necessários para a correta execução de uma instalação elétrica.
Uma residência precisa de uma quantidade mínima de tomadas, interruptores bem posicionados, disjuntores que não desarmem (salvo em situações de risco) e outros fatores que só podem ser alcançados através de um bom projeto elétrico.
Não se trata apenas de conforto e eficiência, mas também existem requisitos de segurança a serem atendidos, que podem ser conferidos na NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão e na NR10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade.
Independentemente do tamanho ou complexidade da obra, o projeto elétrico é indispensável, mas como explicar isso para o cliente? Vamos entender as principais vantagens de um projeto elétrico residencial quando elaborado por um profissional.
Quem nunca passou apuros procurando por uma tomada para carregar o celular que atire a primeira pedra!
Hoje temos uma imensa demanda por equipamentos eletroeletrônicos, que é apenas um dos vários fatores que pesam ao se desenvolver um bom projeto elétrico residencial.
Muito mais do que uma tomada acessível quando mais precisamos, o projeto elétrico oferece uma série de benefícios, que vão desde economia de energia até segurança. Vamos conferir os principais:
E não menos importante, a tranquilidade de saber que você pode ligar um equipamento na tomada sem o perigo da energia ficar piscando ou mesmo desarmar um disjuntor.
Então vamos conferir quais são as informações necessárias para desenvolver um projeto elétrico residencial do mais simples ao pacote completo.
Um projeto elétrico residencial precisa atender a norma NBR 5410, que oferece toda a orientação para o desenvolvimento de um projeto para instalações elétricas de baixa tensão.
Teremos então um projeto elétrico simples, contendo uma lista com todos os materiais, itens e acessórios necessários para a sua execução, além de um memorial descritivo completo.
Porém, um projeto elétrico residencial completo, inclui dados de todas as disciplinas relacionadas, indo da parte elétrica até a luminotécnica.
Desta forma, além do projeto elétrico detalhado, temos:
Para um melhor entendimento, vamos conhecer o que deve contemplar um projeto elétrico residencial. Acompanhe!
Fonte: Grundriss Manufaktur.
O projeto elétrico deve funcionar como um manual de instruções da instalação elétrica, contendo todas as informações necessárias para a sua execução.
Mesmo cada obra contando com diferentes necessidades, temos alguns itens que são comuns em qualquer projeto, onde podemos definir como os mais comuns:
Toda informação relevante ao projeto deve ser incluída, mas caso você ainda tenha dúvidas de como desenvolver seu próprio projeto elétrico residencial, vou apresentar um passo a passo com as principais etapas do processo, confira!
Fonte: Alexander Senchugov & Evgenia Aborina
Para garantir o sucesso do seu projeto elétrico residencial, é recomendável obedecer uma sequência lógica de etapas, que além de economizar tempo, reduz a chance de erros.
Vamos entender cada uma das etapas a seguir.
É fundamental analisar a arquitetura e compatibilizar o projeto elétrico em relação à estrutura e demais instalações do imóvel.
Para definir a localização dos pontos de tomada devemos consultar o layout e o responsável pelo projeto.
Com essas informações já é possível determinar as tomadas TUG (Tomada de Uso Comum), que sua corrente não costuma passar de 10A e TUE (Tomada de Uso Específico), cuja corrente é acima de 10A (Amperes).
Definimos como carga a soma das potências dos equipamentos elétricos previstos no projeto, onde a NBR 5410 estabelece critérios para definir o número mínimo de tomadas e cargas de iluminação de cada um dos ambientes do seu projeto.
A previsão de cargas deve dimensionar tomadas TUG atendendo o valor mínimo normativo, tomadas TUE calculadas conforme o equipamento especial do projeto e a iluminação também deve ser dimensionada seguindo os critérios da NBR 5410.
É comum identificar a necessidade de um maior número de pontos, principalmente em ambientes como salas e cozinhas, onde é normal a uma maior quantidade de equipamentos eletroeletrônicos.
Um circuito elétrico residencial é o conjunto de pontos (luz e tomadas) conectados por condutores que são ligados ao mesmo dispositivo de proteção (disjuntor).
O ideal é que circuitos simples (TUG e iluminação) fiquem com até 10A de corrente, sendo que em 127v são 1270 VA e 220v são 2200 VA.
Os equipamentos com o consumo individual superior a 10A necessitam ter um circuito exclusivo.
A recomendação é agrupar os circuitos por ambientes próximos, por exemplo: área social, área íntima, serviço, externa, etc.
Não se esqueça de planejar um possível aumento de carga, prevendo espaço para a futura ampliação da instalação. A capacidade do quadro de distribuição deve contar com esta previsão, conforme a NBR 5410.
A representação dos pontos dentro do projeto é realizada através de símbolos gráficos. Apesar da norma NBR 5444 - Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais ter sido descontinuada, seus símbolos ainda são muito utilizados.
Nos pontos de iluminação devem ser incluídos sua potência, circuito e o comando, que deve ser reproduzido no interruptor que o aciona.
O quadro de distribuição de luz deve ser instalado em local de fácil acesso, onde a partir dele deve ser traçada todas as tubulações fazendo as devidas conexões com os circuitos.
Não se esqueça que a NBR 5410 exige que todos os circuitos devem ser devidamente aterrados.
O diagrama unifilar é um desenho que adota simbologia específica, representando como será a instalação elétrica em cima de uma planta arquitetônica.
O diagrama unifilar apresenta o esquema geral de entrada de energia, indicação de aterramento, esquema para a separação dos circuitos, disjuntores, fiações e demais itens presentes no projeto elétrico.
A lista de materiais elétricos é um dos itens que o cliente costuma dar mais atenção, afinal reflete todo o custo com a parte elétrica da obra.
O mais recomendado é criar uma tabela com todos os interruptores, pontos de tomada, caixas de passagem, luminárias, quadro de distribuição e demais itens representados com os símbolos de elétrica.
Para a fiação tome o cuidado de medir o comprimento de cada trecho considerando as alturas de subidas e descidas, como em interruptores, tomadas e pontos na parede.
Não se esqueça de trabalhar com uma margem de pelo menos 10% para eletrodutos e principalmente a fiação, que não deve ser trabalhada com emendas.
A dica mais importante para um bom projeto elétrico residencial é: não use modelos prontos!
Entenda que cada residência conta com diferentes necessidades, sendo impossível um modelo pronto atender a todas as necessidades do seu projeto, mas nada impede o uso desses projetos como objeto de estudo.
Vamos acompanhar a evolução de um projeto elétrico residencial para um melhor entendimento do processo.
A partir de um projeto arquitetônico, precisamos realizar a previsão de cargas e também podemos definir quantos circuitos serão necessários para o projeto, no exemplo temos as cargas de cada ambiente e dois circuitos especificados.
Com cargas e circuitos definidos, podemos inserir interruptores, tomadas TUG e TUE, além de definir em quais circuitos as tomadas serão conectadas.
Definidos todos os pontos necessários, podemos definir a localização do quadro de distribuição e todos eletrodutos.
Por fim temos a passagem da fiação, determinando todos os circuitos da instalação.
Lembrando que a proposta aqui é compreender o fluxo em que as informações são inseridas.
Cada um dos pontos deve ser posicionado estrategicamente de forma a atender as necessidades do projeto e dos respectivos equipamentos.
O desenvolvimento de um projeto elétrico residencial pode ser feito por qualquer profissional com o conhecimento técnico necessário e que siga as orientações da NBR 5410 e demais normas técnicas.
Porém a responsabilidade técnica pelo projeto necessita de um profissional registrado no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) ou o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo).
Este profissional pode emitir um termo de responsabilidade técnica, que vincula o profissional ao projeto, onde será responsabilizado em caso de eventuais problemas ou falhas que o projeto venha a gerar.
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Casas e apartamentos contam com cada vez mais equipamentos eletroeletrônicos, o que faz o projeto elétrico residencial se apresentar como uma etapa cada vez mais importante de qualquer obra.
É essencial entender a sua importância e compreender todas as fases que compõem o seu desenvolvimento, além de não se esquecer de contar com um profissional devidamente qualificado.
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